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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma" 3D, de Gregory Plotkin (2015)



Eu não aprendo mesmo!
E não é que eu me prestei a ir ao cinema para assistir a um filme desses?
O tal do "Atividade Paranormal - Dimensão Fantasma" é um lixo!
É um horror e isso não é um elogio. Entenda-se no pior significado possível da palavra.
Não que eu esperasse algo brilhante, uma nova obra-prima do terror, mas, ingenuamente, achei que o 3D pudesse dar uma contribuição ao conceito da franquia. Que nada! Parece que só piorou. Com uma "gosma" preta, superfícies aquosas e uns 'pirilampos' brilhantezinhos (que bonitinho!!!) que insistiam em saltar da tela saltando aos olhos, o filme estraga provavelmente o maior mérito do original que era exatamente o invisível, o impalpável, o inesperado. É claro que tem uns sustinhos que outros mas vão muito mais na linha do cagaço, da surpresa com barulho do que um horror inteligente que deixe o espectador congelado.
A "gosma" que só a câmera encontrada na casa
consegue captar.
Quando vejo filmes assim, ainda mais sequências, não sou muito exigente quanto ao argumento, mas exijo no mínimo alguma coerência, algum bom senso, mas no caso desse aqui acho que o roteirista não compareceu. A coisa é a mesma: família se muda para uma casa, começam a acontecer coisas estranhas, ficam desconfiados, botam uma câmera, os espíritos querem a filhinha pequena deles e blablablá, blablablá. Tá bom. Mas nesse caso específico é uma história estapafúrdia com uma ligação esdrúxula com o restante da série, com diálogos patéticos e atuações que beiram o bizarro. Pra se ter uma ideia, o filme tem  personagens sem o menor sentido como o tio da menina, que a gente acha que deve ter algum papel importante, alguma ligação com a entidade mas que no fim das contas só tá ali pra ser mais um, e a amiga gostosa que, supostamente, está na história só porque sente algumas energias pelo fato de que, pasmem!!!, faz Feng Shui.
A menininha no seu momento "O Iluminado".
"Redrum, redrum"
E tem coisas sem lógica, sem sentido. Pra começar, na parte inicial do filme não há efetivamente um motivo para que tudo esteja sendo filmado, documentado pela família e no entanto sempre tem uma câmera na mão de alguém. Depois sim, o cara acha na casa uma câmera velha provavelmente projetada para captar "o que não se vê'" e começa a então ver coisas estranhas. Aí até aceito que o cara começasse a filmar (apesar de sempre reclamar do peso do equipamento), mas todo mundo pega a tal da câmera sem o menor propósito, até a amiga Feng-Shui. E aí fica assistindo exaustivamente fitas VHS dos moradores antigos, que estavam junto à câmera, com a expectativa de algo emocionante mesmo estas tendo se mostrado extremamente desinteressantes num primeiro momento. Além de 'sacal' é um desafio à boa vontade do espectador. Até que á pelas tantas, é claro, depois de ter assistido a horas de aniversários infantis, drinques na piscina e uma pequena sugestão de sacanagem entre os casal antigo da casa, então aparece um homem doutrinando umas crianças mas mesmo assim de interesse duvidoso para um marmanjo em busca de cenas quentes. Aí o filme se desenvolve numa espécie de "Poltergeist" de quinta categoria com a menininha do passado, na fita, conseguindo se comunicar com os atuais moradores no presente, um portal se abrindo na parede tipo um "Hellraiser", a garotinha endemoniada dando uma de "O Iluminado" falando ao contrário no espelho do banheiro e por aí vai, ou seja, uma miscelânea dos diabos!
Eu não sei porque eu ainda tento... Eu sei, eu sei, mas é que eu achei que o 3D poderia ser utilizado de uma forma interessante em prol do terror. Engano meu. Por enquanto. Talvez com um projeto melhor, com um diretor melhor... Bom, de qualquer forma, fica pra próxima.
Próxima?
Eu não aprendo mesmo...


Cly Reis


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