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sábado, 9 de maio de 2015

Quadrinhos no Cinema #1 - "Barbarella", de Roger Vadim (1968)


Barbarella, A primeira superprodução e primeiro grande filme das HQ's
por Vagner Rodrigues




Inocência, beleza e sensualidade.
Tudo isso na maravilhosa Jane Fonda
A primeira grande produção de quadrinhos para o cinema, "Barbarella", foi muito mal recebida na época do seu lançamento, mas hoje é um clássico cult, graças a um velho fenômeno que faz um filme ser tão ruim, mas tão ruim, que dá uma volta e fica bom.
Barbarella (Jane Fonda) é uma agente espacial que viaja pelo universo fazendo missões especiais a pedido do presidente da Terra. A história se passa durante uma das missões de Barbarella, onde ela vai atrás do perigoso Dr. Durand Durand (sim, foi daqui que a famosa banda tirou seu nome). Ao longo de sua jornada ela vai se deparando com diferentes raças e planetas, no meio deste intercâmbio cultural, ela descobre os prazeres do sexo, daí a ficção científica vai para o espaço (entenderam a piada?) e o filme e só Barbarella conhecendo diferentes homens e fazendo sexo com eles. Não tem nada explícito, o filme é sensual, desde seu início, a cena de abertura é um strip-tease de Jane Fonda, de dar inveja a Sandra Bullock em 'Gravidade".
Fonda é pura sensualidade nesta obra. O seu ar inocente (beirando ao estereótipo de loira burra), combinado com suas roupas provocantes, levam os homens a loucura, só por isso o filme já merece ser assistido.
O roteiro é uma bagunça, as falas são horríveis, muitos diálogos sem sentido, e os efeitos até mesmo para época são muito ruins. Não é um bom filme tecnicamente falando, o som é ruim, atuações quase amadoras, mas você consegue tirar algo de positivo do filme.
Os muitos uniformes de Barbarella.
Muito práticos para viagens espaciais.
Não se engane com o que você leu até aqui, pode parecer uma obra machista, mas não é. Roger Vadim acerta em cheio em sua adaptação, ao deixar sua obra exalando sexualidade, pois este é o espírito da HQ, o filme e a HQ são da época de força da luta do feminismo, do direito de igualdade e liberdade da mulher, no filme é retratado a liberdade sexual da mulher. Barbarella não é um objeto, ela quer prazer, por isso procura os homens, e não o contrário. Ela seduz (mesmo sem querer), mas não é seduzida, ela é inocente em alguns momentos, mas nunca inferiorizada. Claro, é um filme de um diretor homem, baseado em uma HQ de escritores homens, para o público em sua maioria de homens, por isso há um exagero ao mostrar a sensualidade de Barbarella, você pode assistir o filme com essa visão, de um filme soft erótico, está no seu direito, mas aconselho a superar essa camada, que irá aproveitar muito mais.
Foi isso, essas camadas do filme que me fascinaram. Você pode velo como um “filme machista”, que utiliza da sensualidade de Jane Fonda ao extremo (e usa maravilhosamente bem), pode também olhar um filme com a coragem de colocar uma heroína como personagem principal, o que ainda é difícil nos dias de hoje, ou simplesmente um filme tosco, sem sentido, o importante é: Assista ao filme e faça sua escolha, pretty! pretty!.
O striptease da abertura. E que abertura!




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