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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

cotidianas #354 - Ver


"Sobre o branco II"
KANDINSKY, Wassily (1923)
Azul, azul, elevou-se, elevou-se e caiu.
Aguçado, esguio, assobiou e intrometeu-se mas não perfurou.
Ribombou por todos os cantos.
Castanho espesso ficou pendurado aparentemente por todas
as eternidades.
            Aparentemente. Aparentemente.
Deves abrir os teus braços mais amplamente.
           Mais amplamente. Mais amplamente.
E deves cobrir o teu rosto com um lenço vermelho.
E talvez ele ainda nem sequer esteja coberto - tu cobriste-te
simplesmente.
Salto branco a seguir a salto branco.
E depois deste salto branco, outra vez um salto branco.
E neste salto branco um salto branco.
Em todo o salto branco um salto branco.
Não é bom que justamente não vejas a opacidade -
é exatamente
na opacidade que isso reside.
É também assim que tudo começa..........................
com um....................................................................
rebentamento...........................................................

***
"Ver"
Wassily Kandinsky

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