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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pink Floyd - "The Division Bell" (1994)


“Eu tinha um cem número de problemas com a direção da banda no passado recente, antes de Roger sair. Eu achava que as músicas tinham muitas palavras, e que devido ao significado dessas palavras serem tão importantes, a música tinha-se tornado um mero veículo para as letras, o que não era muito inspirador...”
David Gilmour



Conheci Pink Floyd aos 7 anos, assistindo "The Wall", terminando o filme eu me liguei que já tinha escutado “aquela banda” e foi ai que tudo começou...
Particularmente, prefiro a “Era Gilmour”. Gosto do Waters também (tanto que até hoje assisto "The Wall"), mas o feeling do David é algo inexplicável! Não foi a toa que ele foi considerado 14º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
E esse álbum em especial, "The Division Bell" que foi lançado em 1994, é o que tem as músicas mais fantásticas que já ouvi. Solos de guitarra e vocais perfeitos.
Um belo exemplo de solo? "Coming Back To Life"!
De vocais?  "What Do You Want From Me", que, ao vivo é lindo de ver aquele bando de mulher fazendo esses backings.
Uma música em especial que cada vez que ouço me dá vontade de sair dirigindo sem rumo é  "Take It Back", não me pergunte o motivo. Mas, talvez seja por que a primeira vez que escutei foi em uma volta da praia com minha mãe, devia ter uns 13 anos, sentada no banco de trás e “obrigada” a escutar o que os adultos escutavam e, surprise: "Take It Back" na rádio.
O nome do disco faz alusão ao division bell (sino da divisão, traduzindo ao pé da letra). E nesse álbum, boa parte dele lida com as questões de comunicação, tipo a ideia de que muitos dos problemas da vida podem ser resolvidos através do diálogo. Canções como "Poles Apart" e "Lost for Words" às vezes são interpretadas como referências ao longo estranhamento entre o ex-membro Roger Waters e os restos dos integrantes da banda, Gilmour negou, no entanto que o álbum é uma alegoria sobre a separação.
Se é ou não, não sei. Só sei que é um baita álbum!
Gilmour usou vários estilos diferentes no álbum. "What Do You Want From Me" tem influências de blues de Chicago e "Poles Apart" tem vários tons folk. Nos improvisados solo de guitarra de "Marooned" usou um pedal Digitech Whammy para elevar as notas numa oitava. Em "Take It Back" usou um EBow (um dispositivo que simula o som de uma guitarra tocando com um arco, com uma Gibson J-200 passou por um aparelho de efeitos).
Como eu digo: esse cara é o cara!
Acabei falando muito do Gilmour, mas, com a saída do Waters da banda em 1985, ele disse que sem ele o Pink Floyd não ia pra frente. Daí, o Gilmour foi lá e assumiu  por completo o controle da banda, e tá ai um dos álbuns mais belos da “Era Gilmour” e do Pink Floyd!

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FAIXAS:
1. Cluster One
2. What Do You Want From Me
3. Poles Apart
4. Marooned
5. A Great Day For Freedom
6. Wearing The Inside Out
7. Take It Back
8. Coming Back to Life
9. Keep Talking
10. Lost For Words
11. High Hopes

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vídeo: Pink Floyd - "Coming Back"



Ouça:
Pink Floyd The Division Bell

5 comentários:

  1. Bateu a curiosidade, Michele, Vou ouvir com atenção, pois eu não conheço esse disco. Abç.

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  2. Menina precoce essa Michele, hein!
    Pink Floyd aos 7, Deep Purple aos 9. Assim que tá certo. começando bem desde cedo.
    Eu aos sete anos só ouvia as porcarias que a minha vó escutava na Rádio Farroupilha, ou os sucesso do momento que minha irmã ouvia nas rádios cidade da vida. comecei relativamente tarde mas acho que tomei jeito (rsrs).
    Também deu curiosidade de ouvir, Michele. Dá época pós-Roger eu tenho o "momentary Lapse of Reason' porque eu achei o LP. Até gosto mas não considero tão genial qto a fase do Waters. reeconheço que o Gilmour é fenômeno no seu instrumento e um baita compositor, mas acho que a luz, o diferencial, o que conseguia criar álbuns conceituais como um "Dark side" como um "The Wall" estava desse 'moço' que esteva aí em POA há poucos dias.
    Mas vou procurar ouvir.

    Obrigado por mais essa, garota.

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    Respostas
    1. hahahahahaha... Imagina uma criança de 7 anos assistindo The Wall??? Fiquei impressionada! Comprei o dvd depois com uns 23 anos e assisto até hoje...rss... Foi muito engraçado, meu tio alugou "Labirinto" com o David Bowie pra minha tia e eu assistirmos (pois éramos piás) e quando terminou ele foi assistir the wall, e eu perguntei: "posso ver esse tb?", e ele deixou! rss...
      Ainda bem que tive livre acesso desde piá aos álbuns dele e que ele tinha muito bom gosto! E tu vê né, aos 9 fiquei apaixonada pela "Strange Kind of Woman" do Deep Purple! Que tb depois de alguns anos achei o Made In Japan em cd e comprei com uma alegria lembrando da minha infância... olha só que duentona! hahahahahaha...
      Voltando ao Pink... Ah, é muito bom tb o Roger, mas sabe que eu não tive vontade de ir no show dele aqui?! Uma amiga foi e postou uns videos eu vi mas não curti, sei lá... O lance de imagens e mega produção é genial! Impressionante! Mas a impressão que tenho dele é que é só isso, não sei!
      Mas não deixa de ser um dos caras que "marcaram minha infância"!
      Ouve esse álbum ai, acho que tu vai curtir! =D

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  3. Acabei de escutar (meio que por cima) o Momentary Lapse of Reason, que não tinha escutado ainda, e tb não curti muito (tirando os solos que eu curti muito). Talvez escutando com mais tempo... mas o Division é muito melhor!

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